Jesus é Deus ( Parte 2)

 

Jesus afirmou ser Deus?
Então o que convence muitos estudiosos de que Jesus afirmou ser Deus? O autor John Piper explica que Jesus reivindicou poderes que pertenciam exclusivamente a Deus.


“… os amigos e inimigos de Jesus ficavam espantados constantemente com suas palavras e ações. Ao andar pelas estradas, aparentando ser uma pessoa qualquer, ele virava e dizia coisas como “Antes de Abraão nascer, Eu Sou” ou “Quem me vê, vê o Pai”. Ou, com muita calma, depois de ser acusado de blasfêmia, ele dizia: ‘O Filho do homem tem na terra autoridade para perdoar pecados’. Para os mortos ele simplesmente dizia ‘Apareçam’ ou ‘Ergam-se’. E eles obedeciam. Para as tempestades ele dizia ‘Acalmem-se’. E para um pedaço de pão ele dizia ‘Transforme-se em mil refeições’. E tudo acontecia imediatamente”.


Mas o que Jesus realmente queria dizer com tais afirmações? É possível que Jesus tenha sido meramente um profeta como Moisés, Elias ou Daniel? Mesmo uma leitura superficial dos Evangelhos nos mostra que Jesus afirmou ser mais do que um profeta. Nenhum outro profeta fez afirmações desse tipo sobre si mesmo, de fato nenhum outro profeta jamais se colocou no lugar de Deus.


Alguns dizem que Jesus jamais disse explicitamente “Eu sou Deus”. É verdade que ele jamais disse exatamente as palavras “Eu sou Deus”. No entanto, Jesus também nunca disse explicitamente “Eu sou um homem” ou “Eu sou um profeta”. Ainda assim, Jesus foi sem dúvida humano, e seus seguidores o consideravam um profeta como Moisés ou Elias. Assim, não podemos rejeitar o fato de que Jesus era uma divindade somente pelo fato dele não ter dito exatamente essas palavras, assim como não podemos dizer que ele não era um profeta.


De fato, as afirmações de Jesus sobre si mesmo contradizem a noção de que ele era simplesmente um grande homem ou um profeta. Em mais de uma ocasião, Jesus chamou a si mesmo de Filho de Deus. Quando questionado se acreditava na possibilidade de Jesus ter sido o Filho de Deus, o vocalista da banda U2, Bono, respondeu:


“Não, não é improvável para mim. Veja bem, a resposta secular para a história de Cristo é sempre esta: ele era um grande profeta, claramente uma pessoa muito interessante e com muitas coisas a dizer, assim como outros grandes profetas como Elias, Maomé, Buda ou Confúcio. Porém na verdade Cristo não deixava você fazer isso. Ele não o isentava das responsabilidades. Cristo dizia: ‘Não, não estou dizendo que sou um professor, não me chame de professor. Não estou dizendo que sou um profeta. … Estou dizendo que sou a encarnação de Deus’. E as pessoas dizem: Não, não, por favor, seja apenas um profeta. Um profeta nós podemos aceitar.”


Antes de analisarmos as afirmações de Jesus, é importante entendermos que essas afirmações foram feitas no contexto da crença judaica em um único Deus (monoteísmo). Nenhum Judeu fiel acreditaria em mais de um único Deus. E Jesus acreditava no Deus único, orando para seu Pai como “o único Deus verdadeiro”.


Mas na mesma oração, Jesus falou sobre ter sempre existido com seu Pai. E quando Filipe pediu a Jesus para que ele lhe mostrasse o Pai, Jesus disse: “Você não me conhece, Filipe, mesmo depois de eu ter estado com vocês durante tanto tempo? Quem me vê, vê o Pai.” Assim a pergunta é: “Jesus afirmava ser o Deus hebraico que criou o universo?


Jesus afirmou ser o Deus de Abraão e Moisés?
Jesus continuamente fazia referência a si mesmo de formas que confundiam seus ouvintes. Como aponta Piper, Jesus fez uma afirmação audaciosa, “Antes de Abraão nascer, EU SOU.” Ele falou a Marta e a outros ao seu redor: “EU SOU a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá.” Da mesma forma, Jesus fazia afirmações como, “EU SOU a luz do mundo”, “EU SOU o único caminho para Deus” ou “EU SOU a ‘verdade’. Essas e muitas outras de suas afirmações começavam coma as palavras sagradas para Deus, “EU SOU” (ego eimi). O que Jesus quis dizer com tais afirmações e qual é a importância do termo “EU SOU”?


Mais uma vez, precisamos voltar ao contexto. Nas Escrituras Hebraicas, quando Moisés perguntou a Deus Seu nome na sarça ardente, Deus respondeu: “EU SOU”. Ele estava revelando a Moisés que Ele era o único Deus atemporal e que sempre existiu. Incrivelmente, Jesus estava usando essas palavras sagradas para descrever a si mesmo. A questão é: “Por que”?


Desde os tempos de Moisés, nenhum praticante do judaísmo jamais se referiria a si mesmo ou a qualquer outra pessoa usando “EU SOU”. Com resultado, as afirmações de “EU SOU” de Jesus enfurecerem os líderes judaicos. Certa vez, por exemplo, alguns líderes explicaram a Jesus por que estavam tentando matá-lo: “Porque você é um simples homem e se apresenta como Deus”.


O uso do nome de Deus por parte de Jesus deixou os líderes religiosos muito enfurecidos. A questão é que esses estudiosos do Antigo Testamento sabiam exatamente o que ele estava dizendo: ele afirmava ser Deus, o Criador do universo. Somente essa afirmação poderia ter resultado na acusação de blasfêmia. Ao ler o texto, é claro entender que Jesus afirmava ser Deus, não simplesmente por suas palavras, mas também pelas reações a essas palavras.


C.S. Lewis inicialmente considerava Jesus um mito. Porém esse gênio da literatura, que conheci os mitos muito bem, chegou à conclusão de que Jesus tinha de ter sido uma pessoa real. Além disso, conforme Lewis investigava as evidências sobre Jesus, ele se convenceu que Jesus não somente era real, mas também era diferente de qualquer outro homem da história. Lewis escreveu:


“E aí que vem o verdadeiro choque. Entre esses judeus, de repente surge um homem que começa a falar como se Ele fosse Deus. Ele diz perdoar os pecados. Ele diz que Ele sempre existiu. Ele diz que Ele está vindo para julgar o mundo no final dos tempos”.


Para Lewis, as afirmações de Jesus eram simplesmente muito radicais e profundas para terem sido feitas por um simples professor ou líder religioso.


Que tipo de Deus?
Alguns dizem que Jesus afirmava ser apenas uma parte de Deus. Porém a ideia de que todos nós fazemos parte de Deus e de que dentro de nós está a semente da divindade simplesmente não é um sentido possível para as palavras e ações de Jesus. Tais pensamentos são revisionistas e não condizem com seus ensinamentos, suas crenças e com o entendimento de seus ensinamentos por parte de seus discípulos.


Jesus ensinou que ele era Deus do modo que os judeus entendiam Deus e que as Escrituras Hebraicas retratavam Deus, e não do modo que o movimento da Nova Era entendia Deus. Nem Jesus nem seu público conheciam Star Wars, então quando falavam de Deus, eles não estavam falando de forças cósmicas. Trata-se simplesmente de uma má história para redefinir o que Jesus queria dizer com o conceito de Deus.


Lewis explica:

Vamos esclarecer isso. Entre panteístas, como os indianos, qualquer pessoa poderia dizer que é parte de Deus, ou um com Deus… Porém este homem, por ser judeu, não poderia dizer que era esse tipo de Deus. Deus, em seu idioma, significava Estar fora do mundo, aquele que criou o mundo e era infinitamente diferente de qualquer outra coisa. Ao entender isso, você verá que o que esse homem disse, de forma muito simples, foi a coisa mais chocante jamais dita por um homem.


Com certeza existem aqueles que aceitam Jesus como um grande professor, porém ainda recusam chamá-lo de Deus. Como deísta, sabemos que Thomas Jefferson não tinha problemas para aceitar os ensinamentos morais e éticos de Jesus e ao mesmo tempo rejeitar sua divindade. Porém como já dito, se Jesus não era quem afirmava ser, então é preciso analisar outras possibilidades, nenhuma das quais faria dele um grande professor moral. Lewis disse: “Estou tentando impedir que qualquer um diga a coisa mais insensata, que as pessoas dizem frequentemente, sobre Ele: ‘Aceito Jesus como um grande professor moral, porém não aceito as afirmações de que ele era Deus’. É exatamente isso que não podemos dizer”.


Em sua missão em busca da verdade, Lewis sabia que não era possível aceitar as duas identidades de Jesus. Ou Jesus era quem ele afirmava ser, a encarnação de Deus, ou suas afirmações eram falas. Se fossem falsas, Jesus não poderia ter sido um grande professor moral. Ele estaria mentindo de propósito ou teria sido um lunático com um complexo de Deus.


Jesus poderia estar mentindo?
Mesmos os maiores críticos de Jesus raramente o chamaram de mentiroso. Essa classificação não é compatível com os grandes ensinamentos sobre moral e ética de Jesus. Mas se Jesus não era quem afirmava ser, devemos pensar na possibilidade de que ele estava intencionalmente enganando a todos.


Uma das mais conhecidas e influentes obras políticas de todos os tempos foi escrita por Nicolau Maquiavel em 1532. Eu seu clássico, O príncipe, Maquiavel exalta o poder, o sucesso, a imagem e a eficiência acima da lealdade, da fé e da honestidade. De acordo com Maquiavel, não há problemas em mentir quando isso visa um fim político.

Poderia Jesus Cristo ter construído todo seu império com base em uma mentira simplesmente para obter poder, fama ou sucesso? De fato, os inimigos judeus de Jesus constantemente tentavam o expor como uma fraude ou um mentiroso. Eles o bombardeavam de perguntas, tentando fazer com que ele cometesse erros ou se contradissesse. Ainda assim, as respostas de Jesus eram de uma incrível consistência.


Assim, a questão que temos que fazer é: o que poderia motivar Jesus a tornar toda sua vida uma mentira? Ele ensinava que Deus não aceitava mentiras e hipocrisia, assim ele não poderia estar fazendo isso para agradar ao seu Pai. Ele certamente não mentiu em benefício de seus seguidores, uma vez todos, com exceção de um, foram martirizados em vez de renunciar seu Senhor (consulte “Os apóstolos acreditavam que Jesus era Deus?”  Assim, nos restam apenas duas possíveis explicações, ambas as quais são problemáticas.


Fonte: https://y-jesus.org/portuguese/lp/jesus-e-deus-dp-a/
 

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