A importância da caridade para os católicos
07/09/2015 13:29
No último dia 6 de agosto, Papa Francisco aproveitou a oportunidade em que os argentinos celebram um dos santos mais importantes para o país – São Caetano – para falar do encontro com Jesus e com o padroeiro do pão e do trabalho e, mais precisamente, do encontro com os carentes, aqueles que precisam de ajuda, de serem vistos com amor, de terem sua dor compartilhada, assim como suas ânsias e problemas.
Em vídeo conferência Francisco disse: “O importante não é olhá-los de longe, ou ajudá-los de longe… Não! É ir a seu encontro; isto é cristão! É isto que nos ensina Jesus: ir ao encontro dos necessitados, assim como Ele ia ao encontro do povo”.
Na mensagem, o Papa ensina o que quer dizer dar esmola: “não é jogar uma moeda sem olhar nos olhos ou sem tocar a mão da pessoa que a pede, porque isso não significa encontro”.
Francisco explica que o ensinamento de Jesus é saber se encontrar e se ajudar; e pede que se edifique, que se crie e se construa uma cultura do encontro. Afirma que encontrar-se com Jesus significa encontrar-nos com quem passa maus momentos, com quem está pior que nós.
Não só a igreja católica evoca o encontro com os irmãos mais carentes. Também os evangélicos e espíritas; os budistas e adventistas; os judeus e cientologistas acreditam que este tipo de encontro com os mais necessitados faz o coração e a fé crescer, porque ele multiplica a nossa capacidade de amar.
Sim, o encontro com o próximo que carece de apoio aumenta nosso coração. A ajuda não precisa ser financeira, assim como a “fome” dos nossos irmãos não é só de pão. Se a atenção pode ser doada por qualquer um de nós, qualquer um de nós é está apto à caridade. Você já se permitiu a realizar o encontro com o irmão que precisa de sua atenção ou apoio?
Veja algumas passagens ditas por Jesus que ilustram a humildade e a caridade, como dois importantes tesouros para guiar nossa busca pela elevação espiritual:
“Bem-aventurados os pobres de espírito, isto é os simples, os humildes, porque deles é o reino dos céus; bem-aventurados os que têm puro o coração; bem-aventurados os que são brandos e pacíficos; bem-aventurados os que são misericordiosos; amai o vosso próximo como a vós mesmos; fazei aos outros, o que gostaria que vos fizessem; amai os vossos inimigos; perdoai as ofensas, se quiserdes ser perdoados; praticai o bem sem ostentação; julgai-vos a vós mesmos, antes de julgardes os outros; não saiba a vossa mão esquerda o que dê a vossa mão direita”.
Ao recomendar a caridade, Cristo a coloca como condição absoluta para a conquista da felicidade imediata e futura. “A cada um será dado segundo as suas obras”, disse o mestre.
artigo original, site santo protetor:
https://www.santoprotetor.com/a-importancia-da-caridade-nas-nossas-vidas/
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Desde sua nomeação como Pontífice, o Papa Francisco tem comovido o mundo com sua simplicidade e seus gestos espontâneos de atenção com as pessoas, e de maneira especial, com os enfermos e os mais necessitados.
Atitudes que faziam parte de sua vivência desde antes de sua nomeação como Papa, e que dizem respeito à vivência que todos os cristãos são chamados a seguir, no exemplo deixado por Cristo.
A caridade tem uma importância relevante para os católicos. Fato é que Bento XVI, no início de seu pontificado, em 2005, escreveu aos fiéis sobre ela, na Encíclica "Deus caritas est". No documento, ele afirmou: "O amor do próximo, radicado no amor de Deus, é um dever antes de mais para cada um dos fiéis, mas é-o também para a comunidade eclesial inteira. A Igreja também enquanto comunidade deve praticar o amor".
Conforme registram os dados bíblicos, a caridade está presente no Cristianismo desde seu início. E na Quaresma, ela é intensificada como uma prática orientada pela Igreja, unida à oração e ao jejum. Na concepção católica, a caridade é uma forma de amar a Deus e ao próximo, que supera ao gesto de doação de bens, chegando à doação de si mesmo.
De acordo com o Arcebispo de Belém (PA) e membro do Pontifício Conselho Cor Unum, Dom Alberto Taveira Corrêa, a caridade está além do fazer filantropia. Muitos podem fazê-la, explica o arcebispo, mas a Igreja quer externar os gestos sociais com espírito de caridade, ou seja, "amar o próximo com o amor de Deus."
Para o arcebispo, os cristãos são a porção consciente do Reino de Deus que deve procurar viver o amor de forma especial, visto que Seu Pastor, Jesus Cristo, foi quem o ensinou. No entanto, com relação à caridade católica e à caridade exercida por outras religiões, Dom Alberto ressalta não haver nenhuma divisão ou diferença. Segundo ele, o Espírito Santo é o inspirador de todo o bem que existe na humanidade.
"Não existe nenhum bem que é feito no mundo sem a ação do Espírito Santo. Qualquer um que faça o bem, católico ou não católico, tem o Espírito Santo que o inspira. Há pessoas que vão fazer o bem simplesmente para desafogar uma necessidade do próprio coração, outras fazem filantropia, outros fazem serviço social. Nós [Igreja] queremos fazer tudo isso que as pessoas fazem e muito mais, conduzidos pelo Espírito de Deus. E gostaríamos que todas as outras pessoas chegassem a essa raiz do bem que realizam.”
No Concílio Vaticano II, realizado entre os anos de 1962 e 1965, a caridade na Igreja ficou ainda mais enraizada. Segundo Dom Alberto, o Concílio buscou as fontes da própria vida da Igreja, redobrando a preocupação com o social e a opção preferencial pelos pobres. “Cada época isso se concretiza segundo a realidade. Hoje, nós temos problemas que são globais, porém, de uma forma diferente. Nós temos que responder dessa forma”.
Como dito, na Quaresma o exercício da caridade é intensificado e, neste ano, a Igreja propôs um amor voltado para o cuidado com os jovens. A temática da Campanha da Fraternidade, vivida especialmente neste período quaresmal, reflete sobre os jovens e a fraternidade. Dom Alberto explica que além do gesto concreto da coleta feita pela Igreja no Domingo de Ramos, a atenção e a abertura devem estar voltadas para a juventude, a fim de ajudá-la a se sentir acolhida e enviada por Jesus Cristo.
Sobre o Cor Unum
O Pontifício Conselho Cor Unum é responsável por fazer acontecer a caridade no mundo, em nome do Papa e da Igreja. Sob a presidência do Cardeal Robert Sarah, o conselho reuni-se uma vez por ano para discutir as questões que envolvem a concretização do bem no mundo. Ele responde a uma média de 60 situações de urgência e emergência por ano, como terremotos, guerras, etc. Ligado a esse conselho, existem várias fundações para o exercício da caridade.
Uma das funções do Cor Unum é administrar a coleta do óbulo de São Pedro, realizada durante a memória litúrgica de São Pedro e São Paulo, data considerada como dia do Papa.
Dom Alberto diz que Bento XVI, enquanto Pontífice, teve um olhar especial voltado para a caridade no mundo, inclusive para o Brasil. "Todas as vezes que me encontrei com Bento XVI sempre me impressionaram as frases curtas e densas. Quando eu disse que era arcebispo de Belém, na Amazônia, ele olhou para mim e disse: 'Amazônia… Vocês precisam muito da caridade de Cristo'", recordou o arcebispo.
O Arcebispo de Belém foi nomeado por Bento XVI como membro do Pontifício Conselhor Cor Unum em 27 de outubro de 2012. À frente da Arquidiocese de Belém, Dom Alberto está desde 30 de dezembro de 2009.
artigo original, site canção nova:
https://noticias.cancaonova.com/bispo-explica-a-importancia-da-caridade-para-os-catolicos/
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